Nossa Corte
O Maracatu de Baque Virado ou Nação, tem como seguidores os devotos dos Cultos ’Afro-brasileiros da linha Nagô’.
A “Boneca” usada nos cortejos é denominada de “Calunga” que encarna a divindade dos orixás, recebendo em sua cabeça os axés e a veneração do grupo.
A música vocal é chamada de toada ou loas , inclui versos de procedência africana e seu início e fim são determinados pelo som de um apito.
O tirador de loas é o cantador de toadas (o Mestre da Nação) e os integrantes, respondem os versos ao seu comando.
O instrumental, cuja execução se denomina toque é constituido de tarol (caixa clara); caixa de guerra (espécie de tarol com o corpo do instrumento mais largo); alfaias (espécie de zabumbas construídos de tronco de macaíba, onde são usadas cordas para da afinação); gonguê (Espécie de Agogô); xequerê (uma cabaça cortada em uma das extremidades e envolta por uma rede de contas, também chamado de Abê); ganzá e apito .
Personagens do Maracatu: A nação é formada pelo rei; rainha, dama-de-hora da rainha; dama-de-hora do rei; princesa; ministro; embaixador; duque; duquesa; conde; condessa; vassalos; damas-de-passo (que portam as calungas durante o desfile do Maracatu); porta-estandarte; escravo sustentando a umbrela ou pálio (chápeu-de-sol que protege o casal real); guada-coroa; secretário; lanceiros; brasabundo (uma espécie de guarda costas da nação); batuqueiros (percussionistas); caboclos de pena e baianas.